Pesquisa promove construção e validação de instrumentos de medida para diagnóstico da convivência escolar
Pesquisa apresenta maneiras de compreender as relações interpessoais e a convivência escolar, com foco ba rede municipal de São Paulo,
Luanne Caires
18/07/2024 22:17:01
Estudo da Fundação Carlos Chagas apresenta maneiras de compreender as relações interpessoais entre integrantes da comunidade escolar da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, passo fundamental para a proposição de uma convivência ética e democrática na escola
Por Jade Castilho
A partir da compreensão da escola como um espaço de organização, sistematização e construção de conhecimento, uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Carlos Chagas, via edital daSecretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP)em parceria com aUNESCO, elaborou e validou instrumentos de medida para o diagnóstico da convivência nas escolas da capital paulista. O estudo teve como objetivo desenvolver uma matriz de referência teórica com quatro eixos de análise: a convivência pacífica, a convivência inclusiva e a diversidade, a convivência cuidadosa e a convivência ética e democrática. O novo volume da sérieTextos FCCapresenta detalhes de cada etapa da pesquisa, intituladaConstrução e validação de instrumentos de medida para o diagnóstico da convivência escolar para a Rede Municipal de Ensino de São Paulo.Na publicação, é possível acompanhar os processos desde a aproximação da equipe de pesquisadoras e pesquisadores com a rede, até a definição dos eixos de análise, a realização das sessões avaliativas e a elaboração dos itens da versão preliminar dos instrumentos. O diagnóstico da convivência escolar é um dos passos necessários para enfrentar eventuais problemas de convivência e manifestações de violência; promover o bem-estar no ambiente educacional e investir na formação cidadã. Neste sentido, a partir dos instrumentos de medidas e seus resultados, docentes e integrantes da equipe gestora podem refletir e discutir, com a comunidade educativa, ações de mediação de conflitos, incentivo ao diálogo, ao respeito, à cooperação na tomada de decisões e na elaboração de regras.ParaAdriano Moro, pesquisador doDepartamento de Pesquisas Educacionaisda Fundação Carlos Chagas (DPE/FCC) e um dos coordenadores do projeto, a convivência escolar deve ser vista como pilar para a promoção de um ambiente saudável, respeitoso, justo e democrático para todas as pessoas da comunidade escolar.“A unidade escolar poderá, a partir do diagnóstico da convivência, identificar as percepções de estudantes, docentes e da equipe gestora acerca da dinâmica educacional que envolve as relações interpessoais do dia a dia e propor planos de ações para o desenvolvimento sociomoral e emocional das pessoas, de maneira que a convivência seja um aprendizado contínuo, com ênfase na formação integral do sujeito.”Para a elaboração dos instrumentos de medida, a equipe de pesquisa se empenhou na aproximação com especialistas da SME que atuam com as relações de gênero, étnico-raciais, da educação especial e educação bilíngue para surdos, visando à construção de instrumentos que contemplassem a diversidade e os contextos dessa rede. “Considerar a diversidade e a acessibilidade desde o planejamento de um projeto de pesquisa e em todas as suas etapas é o melhor caminho para o desenvolvimento de práticas inclusivas”, pontuaAdriana Pagaime, pesquisadora do DPE, que participou do projeto.Confira o relatório da pesquisa publicado na sérieTextos FCC.