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Como professores de educação básica concebem a avaliação?

O estudo analisa concepções de avaliação de professores de língua portuguesa da educação básica de um contexto municipal na Grande São Paulo

28/08/24 | Por Natália Peixoto Trevisan, orientadora pedagógica do município de Poá, Suzano, São Paulo, Brasil, natatrevi@gmail.com.

Fotografia de uma folha de sulfite em branco com um balão de fala de história em quadrinhos em laranja. Lápis coloridos estão posicionados no entorno da folha de papel. Sob a imagem, há o texto

As concepções que os professores têm sobre avaliação podem nortear as práticas que realizam em suas aulas na educação básica. Com o objetivo de elaborar formações continuadas acerca da avaliação formativa para professores atuantes ou investir em mudanças nas práticas avaliativas de um grupo de profissionais, é necessário compreender as concepções de avaliação que eles já possuem.

A partir dessa premissa, a pesquisa elaborada por Natália Peixoto Trevisan, orientadora pedagógica do munincípio de Poá, analisou as concepções de avaliação de quatro professores de língua portuguesa de educação básica, especificamente dos anos finais do ensino fundamental de uma escola municipal da Grande São Paulo.

O artigo publicado na revista Estudos em Avaliação Educacional reúne dados obtidos por meio de entrevistas e com apoio da análise de conteúdo para apontar as concepções dos educadores sobre a avaliação formativa nos processos de ensino-aprendizagem.

De acordo com a autora, o modelo educacional baseado na separação entre avaliação, ensino e aprendizagem ainda persiste em muitas salas de aula de língua portuguesa. Além disso, a falta de formação de professores de educação básica sobre avaliação pode gerar a reprodução de modelos avaliativos sem critérios, com pouca validade e que não regulam o processo de ensino-aprendizagem efetivamente.

Os resultados apontaram que há necessidade de investir na formação docente, especialmente em relação à regulação das práticas de ensino-aprendizagem de língua portuguesa por meio da avaliação. Além disso, o estudo revelou dúvidas dos professores sobre avaliação, apesar de essa ser uma atividade fundamental dentro das atribuições docentes.

Também foram encontrados sentimentos negativos e confusão em torno da avaliação, embora haja a intenção dos profissionais em realizar a regulação, mas que nem sempre se efetiva na prática. Outro aspecto encontrado foi a preocupação com o impacto da prática avaliativa na vida do estudante.

A pesquisa conclui que somente após compreender as concepções dos profissionais sobre avaliação em sua disciplina, é possível otimizar as formações continuadas a fim de garantir uma prática avaliativa indissociável dos processos de ensino e de aprendizagem.

Leia o artigo:

 

Trevisan, N. P. (2024). Concepções de professores de língua portuguesa sobre avaliação. Estudos Em Avaliação Educacional, 35, e10221. https://doi.org/10.18222/eae.v35.10221.

Os argumentos presentes neste post são de responsabilidade dos autores e não necessariamente expressam as opiniões da Fundação Carlos Chagas.

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