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Como a imaginação das crianças transforma o cotidiano

No artigo, as autoras defendem que a brincadeira é mais do que diversão; ela molda quem somos, o que entendemos e como nos relacionamos

15/05/24 | Por Jacqueline da Silva Gonçalves. Professora Assistente da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Belo Horizonte, MG, Brasil, jacqueline.goncalves@uemg.br | Elenice de Brito Teixeira Silva, Professora adjunta da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Guanambi, BA, Brasil, ebtsilva@uneb.br | Vanessa Ferraz Almeida Neves. Professora Associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil, vfaneves@gmail.com

O artigo discute as possibilidades de imaginação e criação de crianças de 2 anos de idade, por meio de uma narrativa construída na brincadeira com uma caixa de papelão. Duas meninas transformam esse objeto comum em banheira, piscina de bolinhas, cesto, tambor, entre outros artefatos. Os sentidos atribuídos à caixa estão relacionados às vivências dessas meninas no contexto familiar e escolar, o que evidencia como a brincadeira é ação no campo perceptivo e imaginário que cria sentidos para os acontecimentos sociais.

Para o estudo dos eventos de brincadeira, foram utilizadas teorias da educação e da cultura, com o  principal objetivo de  investigar a construção material, simbólica e histórica da brincadeira em um grupo cultural, demonstrando que a criança bem pequena imagina e cria sentidos, linguagens e culturas em sua atividade de brincar. O estudo foi realizado a partir de uma pesquisa longitudinal (2017/2019) sobre o desenvolvimento cultural de crianças, em uma Escola Municipal de Educação Infantil de  Belo Horizonte. As autoras compõem o  grupo de pesquisa Estudos em Educação, Cultura e Infância (EnlaCEI – https://enlacei.com.br/) da Universidade Federal de Minas Gerais, que tem como objetivo geral a compreensão do processo de desenvolvimento cultural dos bebês em um contexto coletivo de cuidado e educação.

O artigo “Não é uma caixa!: Transformações dos sentidos atribuídos a uma caixa de papelão” analisa  possibilidades de ação/imaginação de crianças em uma situação social de desenvolvimento. As brincadeiras não apenas estimulam a imaginação, mas ajudam no desenvolvimento social e cultural das crianças, além das contradições entre o campo imaginário, perceptivo e narrativo. Tais contradições são essenciais para o desenvolvimento das crianças e trazem implicações para a organização dos contextos sociais de cuidado e educação coletivos, como a seleção de materiais e outras fontes simbólicas, além da composição de espaços, tempos e relações.

As autoras defendem que a prática educativa seja guiada pela brincadeira e pelas interações. A brincadeira as ajuda tanto a aprender como a se relacionar com os outros e a explorar o mundo ao seu redor.

Leia o artigo em:

https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/9934

Saiba mais:

EnlaCEI – Estudos em Cultura, Educação e Infância

Revista Cadernos de Pesquisa

Os argumentos presentes neste post são de responsabilidade dos autores e não necessariamente expressam as opiniões da Fundação Carlos Chagas.

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