Elas nas Ciências: um estudo para a equidade de gênero no Ensino Médio - 2017
Coordenação: Sandra Unbehaum
Equipe:Thais Gava, Elisabete Pinto de Oliveira, Regina Madalozzo (Insper), Rinaldo Artes (Insper), Vicente Sarubbi Jr., Alexandre Bortolin, Amanda Esteles, Camila Oliveira, Eliane Bortolanza, Érico Carvalho, Juliana Figueiredo, Jaqueline Santos, Juny Kraiczyk, Sylvia Cavasin, Vanessa Munhoz, Vanessa Pipinis
Financiamento: Instituto Unibanco
Parceiros: INSPER
Vigência:2016-2017
Descrição:A pesquisaElas nas Ciências: um estudo para a equidade de gênero no ensino médioteve como objetivo geral identificar e avaliar os fatores relacionados à escola que influenciam as escolhas profissionais das jovens do ensino médio público de São Paulo, tendo em vista contribuir para maior equidade de gênero nas carreiras profissionais, em especial naquelas vinculadas às áreas das ciências exatas e naturais. Realizada entre os anos de 2016 e 2017, com apoio do Instituto Unibanco e da FCC, contou também com a colaboração da SEE do estado de São Paulo e do Insper. Realizada em dez escolas públicas de ensino médio, localizadas em diferentes áreas do município de São Paulo, a pesquisa teve caráter exploratório, com procedimentos metodológicos mistos (quantitativo e qualitativo). A coleta de dados foi dividida em quatro etapas: 1) escolha das escolas participantes. Para isso, foi feito um estudo comparativo do desempenho em matemática de estudantes do município de São Paulo para a seleção das escolas com melhores e piores desempenhos. Para tanto, tomou-se como fonte de dados os resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) referente ao ano de 2014, Em seguida, foram levantados indicadores educacionais para a qualificação da seleção final da amostra de dez escolas participantes do presente estudo. Nessa tarefa foram utilizados bancos de dados nacionais e, sempre que possível, houve a preocupação em se ter como referência as características gerais das escolas de ensino médio e um equilíbrio na distribuição por regiões geográficas da cidade de São Paulo; 2) entrevista informal com a equipe gestora, a partir de um roteiro temático, com o intuito de orientar a coleta das informações mais gerais de cada uma das unidades escolares; 3) aplicação de 122 questionários para docentes das áreas de exatas e 1.401 questionários para estudantes do 3º ano do ensino médio; e 4) dois grupos de discussão com 20 docentes representantes das escolas participantes e seis grupos com estudantes meninas e meninos de nove escolas (59 jovens de ambos os sexos). Os resultados mostram prevalecer estereótipos de gênero em relação às profissões, ainda que se reconheça, particularmente entre os jovens, o “direito” das mulheres em atuarem em qualquer área; a escolha profissional é determinada fortemente pelas condições objetivas da família para investir em uma carreira (recursos monetários, articulação trabalho/família), o que muitas vezes pode levar a opções mais favoráveis de inserção no mercado de trabalho, muitas delas relacionadas ao gênero; de modo geral, os professores não observam viés de gênero em suas práticas pedagógicas, embora o discurso reforce em certo grau estereótipos e preconceitos. Levando em conta os desafios, foram elaboradas recomendações visando à promoção da equidade de gênero no ensino médio, sobretudo ações que possam romper com os estereótipos de gênero e, assim, proporcionar às jovens mulheres ampliar suas potencialidades e escolhas profissionais. Em 2018, foi produzido um artigo, aprovado para publicação nos Cadernos de Pesquisa, a ser lançado no primeiro número de 2019. Outros dois artigos estão em elaboração.